Galeria de Fotos:abelhas sem ferrão

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Bem vindo ao site meliponario flor da terra, uma rede de informações sobre biodiversidade brasileira de abelhas sem ferrão. Ela se propõe a ser um local de integração das informações sobre a biologia e a criação das diversas espécies de abelhas e sobre seus habitats, englobando textos e imagens  voltados para diversos públicos. Além de um banco de dados sobre as espécies conhecidas. Com nosso site  pretendemos estimular a implementação de uma rede virtual e aberta a pesquisadores e especialistas em criação de abelhas para a geração e aplicação desses conteúdos digitais, disponibilizando-os numa mesma página de informações. O projeto de preparar o Meliponário flor da terra foi proposto a partir de uma simples criação de abelhas nativas e com a preparação de seu logotipo e abertura da página,  através do qual implementou sua página e a proposta como um todo. Incluímos no site Programa de Treinamento relacionado a conteúdos didáticos e a instrumentação.


                    SOBRE AS ABELHAS                                                            

 

 

Os Meliponíneos se dividem em duas grandes tribos  - Meliponini e Trigonini.

A tribo trigonini é caracterizada pela presença de célula real. Geralmente apresenta um canudo de ingresso feito de cêra,  algumas delas são muito agressivas como a oxiotrigona tataíra (caga-fogo) que ao ser manejada solta uma substância ácida queimando a pele. As scaptotrigonas são conhecidas pela sua alta agressividade, tubuna, tubiba, depilis, canudo, mandaguari possuindo também abelhas necrófagas que produzem sub-produtos de carne podre.

Os Meliponíni, são caracterizados por não apresentarem célula real, até 25% das crias de um favo poderão nascer rainhas virgens, tem sua entrada definida geralmente pela presença de raias convergentes de barro, algumas espécies destas abelhas podem produzir aproximadamente 8 litros de mel, outras podem ser maiores que as ápis melliferas.

Apesar de não ferroarem, por ter o ferrão atrofiado, podem machucar pela força mandibular.

Não existe nada mais ecológico do que criar abelhas silvestres, praticamente todas as culturas são dependentes de sua polinização. Algumas abelhas são subterrâneas e estão comprometidas pela mecanização das lavouras e uso crescente de agrotóxicos.

O desmatamento crescente, o aumento da poluição e extrativismo de colméias, por meleiros, tem acabado significativamente com populações, por isto fica aqui um apelo;

Entrem em grupos de discussões para adquirir informações como preservar antes de retirar um enxame, troque material genético com outros criadores e sempre, que possível, adquira enxames de criadores racionais . Nunca cortem uma árvore para retirada de um enxame, aprendam a remover sem matar a árvore, as abelhas  são uma pequena parte da vida que esta árvore abriga


                                                                                                                 Abelhas Indígenas sem Ferrão

 

 

A criação de abelhas indígenas sem ferrão em cabaças, cortiços e caixas rústicas constitui uma atividade tradicional em quase todas as regiões do Brasil. Essa atividade, conhecida como meliponicultura, foi inicialmente desenvolvida pelos índios, e vem, ao longo dos anos, sendo praticada por pequenos e médios produtores(Meliponicultores), assim como por produtores de base familiar.

Há, pelo menos, cinco razões que justificam o interesse crescente por esse grupo de abelhas:

1. As abelhas sem ferrão são os principais agentes polinizadores de várias plantas nativas. Preservar essas abelhas contribui, portanto, para conservar os mais diversos tipos de vegetação,seja no cerrado,mata atlantica ou na caatinga.

2. Há muitos agricultores utilizando as abelhas sem ferrão na polinização de culturas agrícolas tais como urucum, chuchu, camu-camu, carambola, coco-da-bahia e manga. Essa prática, amplamente usada com as abelhas do gênero Apis (conhecidas como abelhas africanizadas ou abelhas africanas) e Bombus(as mamangavas, também chamadas de mamangaba, mangangá, mangava, Bisouro do Cão etc.), vem sendo utilizada até mesmo para cultivar morangos dentro de estufas.

3. O mel produzido pelas abelhas sem ferrão contém os nutrientes básicos necessários à saúde, como açúcares, proteínas, vitaminas e gordura. Esse mel possui, também, uma elevada atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em várias regiões do País.

4. Além de fonte de alimento e remédio, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão representa, em algumas regiões, uma importante fonte de renda. Na Região Nordeste, onde a meliponicultura é mais praticada, são encontrados produtores (ou meliponicultores) com até 1.500 ninhos de abelhas, e que sobrevivem, basicamente, do comércio do mel. Alguns meliponicultores conseguem coletar de 5 a 8 litros de mel/colônia/ano, o que, segundo os especialistas na área, está muito abaixo do potencial de produção das abelhas sem ferrão. O preço, porém, é compensador. Um litro de mel de abelha sem ferrão é vendido por R$ 40,00 no Nordeste, podendo alcançar até R$ 100,00 na Região Sudeste do País. Como os custos para a criação são baixos, a meliponicultura permite a produção de um alimento barato, com um forte apelo comercial.

5. São, de um modo geral, abelhas bastante dóceis e de fácil manejo. Por isso, dispensam o uso de roupas e equipamentos de proteção tais como macacão, luvas, máscaras e fumegadores, reduzindo os custos de sua criação e permitindo que essas abelhas sejam mantidas perto de residências e/ou de criações de animais domésticos. Além disso, por não exigir força física e/ou prolongada dedicação ao seu manejo, a criação de abelhas sem ferrão pode ser facilmente executada por jovens e idosos.

 

Estima-se que, só no Brasil, existam mais de 200 espécies de abelhas sem ferrão. As mais promissoras em termos de produção de mel são as espécies do gênero Melipona, conhecidas popularmente como mandaçaia (nome científico, Melipona quadrifasciata), jandaíra nordestina (Melipona subnitida), uruçu-cinza ou uruçu-cinzenta (Melipona fasciculata), uruçu-amarela (Melipona rufiventris), uruçu-do-nordeste (Melipona scutellaris), entre outras.

 






                                             

 

        Bem-vindos ao apaixonante mundo das abelhas nativas sem ferrão

"Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação a natureza e aos animais."
 

 

 O Meliponário Flores da Terra  surgiu com o intuito de organizar uma atividade muito prazerosa,uma vez que chega a se tornar até   um  Hobby para alguns e para outros uma fonte de renda porém,a criação de Abelhas Indígenas sem Ferrão é uma atividade nobre,    importante ecologicamente para o nosso meio ambiente  e acima de tudo prazerosa.
 

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Somos um website, direcionados para a criação de abelhas nativas do Brasil, com ênfase e intuito focados na Abelha Jandaíra (Melipona Subnitida) para produção de Mel e formação de novas colônias.

Estamos localizados no Município de Assu-RN nós temos um só objetivo,criar,preservar e acima de tudo incentivar a criação de abelhas sem ferrão para produção de mel e de novas colônias.

 

                                                                                   Abelhas sem ferrão - colônia de mandaçaia

 

Abelhas

        As abelhas trabalham em comunidade sociais e produzem o mel que é seu alimento; que por sinal ele é muito saudável. Existem muitos tipos de abelhas sem ferrão e também subespécies que não tem ferrão, se tornando mais fácil o manuseio das colônias. O meliponário Rosa de Ouro tem o intuito de divulgar os mais variados tipos de s abelhas e outros temas para o conhecimento da população. Um deles é este sobre as abelhas (condomínio de abelhas) sem ferrão, como que elas se organizam, produzem, alimentação, colmeias e outros dados importantes.

       Melipona quadrifasciata e Melipona quadrifasciata anthidioides(Lepeletier ),área de ocorrência atural dessas abelhas vai do sul ao nordeste, e Brasil central, as colônias naturais de Mandaçaia são encontradas sempre nos ocos de árvores, a entrada do ninho é construida pela abelhas em raias convergentes de barro, e só passa uma abelha de cada vez, os favos de cria  podem ser horizontais ou helicoidais, não fazem células reais por serem meliponas, o invólucro que protege os  favos de cria possui diversas membranas de cerume (pequenas paredes), os potes são ovóides (arredondados) e tem cerca de 3 a 4 cm de altura, o própolis(néctar ou pólem extraído das flores) usado pelas abelhas é um pouco viscoso, no batume de calafetação das colméias usam barro e própolis e talves excrementos de animais, as colônias são regularmente populosas, estima-se cerca de 680 abelhas em colônias fortes aproximadamente.

                                                                                                                    

 

Abelha africanizada: No ano de 1956 foram trazidas da África para o Brasil, algumas abelhas Apis mellifera scutellata, conhecidas como abelha africana. Estas abelhas apresentaram uma capacidade excepcional de enxameagem e cruzamento com as outras espécies de Apis, provenientes da Europa trazidas anteriormente pelos colonizadores. Estas eram mansas e mesmo produzindo pouco mel, eram criadas em todo Território Nacional. Como as abelhas resultantes desse cruzamento eram agressivas, elas ficaram sendo conhecidas como abelhasafricanizadas. Hoje, após quase cinqüenta anos do inicio da sua dispersão, elas são, geneticamente, quase totalmente africanas.                                                                                                                                                                                                                                                ABELHAS DA FAMÍLIA APIS         MELÍFERA                                                                                                                                                                                 

 

Abelha necrófaga: algumas poucas espécies de meliponíneos obtêm as proteínas de que necessitam de animais já mortos. Essas abelhas regurgitam sobre as carnes e vísceras certas secreções que as digerem, tornando-as mais facilmente assimiláveis. Algumas abelhas são necrófagas facultativas, ou seja, também se alimentam de pólen e néctar.
Alimentação artificial: é oferecida em ocasiões especiais, quando a colônia está fraca com pouca cria ou pouco alimento. Essa alimentação pode ser de xarope de água e açúcar, que é também a mais comum, de cândi, e ainda de rapadura picadinha.

 

 

Âmbar: é uma resina fóssil encontrada principalmente na atual República Dominicana. Muitas destas resinas contém fósseis de abelhas, outros insetos e pequenos animais vertebrados, além de estruturas vegetais, que estão muito bem conservados.

 

Apicultura: é a criação de abelhas Apis, as que possuem ferrão e que encontramos comumente nas cidades andando sobre sorvetes derretidos, sucos adocicados e refrigerantes, além de no açúcar de pães e doces de confeitarias e padarias.

Armadilha contra forídeos: as armadilhas têm a finalidade de capturar os forídeos, que são moscas pequenas, ligeiras, que botam ovos principalmente nos potes de pólen das abelhas, sendo prejudiciais aos ninhos das abelhas. As armadilhas mais comuns, externamente ao meliponário, são confeccionadas com garrafas de plástico, com alguns furos nas suas paredes, e que permitem a passagem destas moscas. Uma pequena quantidade de vinagre no seu interior é que atrai as fêmeas destas moscas pelo odor. Dentro da garrafa as moscas não conseguem mais sair pelos pequenos buracos por onde entraram e acabam morrendo. Armadilhas menores, com o mesmo processo são colocadas dentro dos ninhos quando muito infestados.

Atividade antibacteriana: uma das propriedades dos méis de abelhas é a sua capacidade de inibir bactérias que estão no seu interior, ou externamente, quando estas bactérias entram em contato com os méis. O valor da capacidade antibacteriana dos méis é variável de acordo com o mel, a espécie de abelha que o produziu, a florada de onde ele provém, da cepa da bactéria testada e também da quantidade de colônias de bactérias que estão sendo colocadas em contato com os méis. Vários fatores contribuem para esse poder inibitório, desde o tipo de néctar até a espécie de abelha, que com suas enzimas, manipula e fabrica o mel.

Barro: também conhecida por argila, são materiais encontrados na natureza e muito usados por certas espécies de meliponíneos como as Partamona spp (boca de sapo) e as Melipona. São usados em vedação e na confecção e ornamentação da entrada do ninho das abelhas. Cabaça: frutos ocos e secos de uma Cucurbutaceae, família de plantas onde também encontramos as abóboras e morangas. Naturalmente, algumas abelhas nidificam no seu interior. No nordeste é conhecida como cuité.

Cabos de cerume: são estruturas construídas pelas abelhas que servem de suporte ou pilares para ligar e fixar favos de cria, células em cacho, potes, etc. Na abelha mirim-guaçu, que não constrói invólucro, os favos ficam sustentados por uma rede de cabos de cerume.

Célula real: são células maiores, construídas para criação de rainhas como definição geral, entretanto, em algumas espécies, ocasionalmente, machos gigantes eclodem destas células. 

 

Células em cacho: quando as células de cria se apresentam pouco distanciadas, com poucas áreas em comum, e aparência de um cacho de uvas

Campeira: as operárias constituem a casta que realiza a quase totalidade dos trabalhos que devem ser feitos para a manutenção do ninho. As abelhas campeiras são as abelhas coletoras de alimento, como o pólen e o néctar, e de produtos para o ninho como barro, resina, etc. É atividade realizada pelas abelhas mais velhas.

Cera pura: nos meliponíneos, assim como em outras abelhas, a cera é produzida em glândulas localizadas no abdômen. Nas Apis essas glândulas são ventrais enquanto nos meliponíneos elas são dorsais.

Cerume: quando a cera pura é misturada com resina, que as abelhas coletam nas plantas, essa substância recebe o nome de cerume, que é a materia-base na construção de todas as estruturas físicas do ninho de meliponíneos.

Colméias racionais: é o nome dado as colméias de abelhas que foram confeccionadas pelo homem, freqüentemente de tabuas de madeira, com diversos compartimentos. Possuem diferentes graus de complexidade, dependendo do seu idealizador. As colméias mais comuns são as horizontais.

COLMÉIA RACIONAL, MODELO PAULO NOGUEIRA NETO (MODELO PNN).



 

Esquema da Colméia

Colônia: é o nome dado para a população de abelhas que vivem em um mesmo ninho.

Concentração de açúcares: referente a quantidade de açúcar diluído em algum líquido. No caso dos méis de Apis, a concentração de açúcares é em torno de 80% enquanto que na abelha jataí (Tetragonica angustula) o mel é mais aguado, e essa concentração é em torno de 75%.

Corbícula: local onde as abelhas transportam principalmente pólen, mas também resina e barro, formado por uma franja de pêlos nas tíbias (pernas) posteriores.

 

Cortiço: nome dado à colméia pouco elaborada, ou mesmo troncos de árvores com ninhos de abelhas no seu interior.

Depósito de resina: algumas espécies de meliponíneos armazenam grande quantidade de resinas, ou própolis, que elas coletaram em plantas e que ficam bem visíveis quando nas paredes das caixas. Podem ter formato globóide nas abelhas jataís. As abelhas moça branca ou marmelada armazenam grande quantidade de resinas.

 

Entrada: é a parte externa do tubo de entrada dos ninhos de meliponíneos e que podem apresentar algumas estruturas morfológica típicas que identificam as abelhas. Assim a maioria das melíponas tem na porta estrias de barro. As duas espécies de jataí que ocorrem no Brasil apresentam um tubo de cera de alguns centímetros com pequenos furinhos.

 

Enxame: conjunto de abelhas de uma mesma espécie, que se reúnem para migrar ou para acasalar.

Exoinvólucro: em torno dos favos de cria existem invólucros que são lamelas de cerume. As lamelas mais externas são denominadas de exoinvólucro.   Favos de cria: são os locais onde estão agrupadas as células de cria, que é o local onde se desenvolvem as abelhas, desde ovo até adulto. Os favos podem ter disposição horizontal, helicoidal, em forma de cachos ou ainda, mais raro, vertical.

Ferroada: a maioria das abelhas possui ferrão que usam principalmente para se defender. Os meliponíneos possuem um ferrão atrofiado e se defendem enroscando nos pêlos, depositando resina e mesmo cortando com auxílio das mandíbulas, a pele do intruso em locais delicados como pálpebras e entre os dedos.

Fonte de alimentos: são os locais onde são disponibilizados o pólen e o néctar, as principais fontes de alimento das abelhas.

Forídeos: são insetos que pertencem à Ordem dos Dípteros, da qual também fazem parte as moscas, mosquitos etc. Estas mosquinhas, também conhecidas como mosca ligeira ou vinagreiras, são os piores inimigos das abelhas. As suas larvas quando se desenvolvem dentro de um ninho causam grandes danos e chegam a destruir não só os alimentos como também os favos de cria, com todas as suas abelhas em estágios imaturos.

Geoprópolis: é a mistura de barro ou argilas com resinas. Podem se apresentar misturados fina ou grosseiramente. Podem conter outras substâncias. Usados pelas abelhas principalmente para delimitar espaços.
 

Glicose: glucose: é um dos açúcares encontrado nos méis das abelhas.

Grãos de pólen: são os elementos masculinos das flores, responsáveis pela formação de sementes e frutos. As abelhas coletam o pólen porque é uma fonte rica de proteínas.

 

Hábitos anti-higiênicos: são os hábitos que possuem certas abelhas de visitarem excrementos de animais e coletarem esse material.
Inquilinos dos ninhos: são pequenos animais como besouros que vivem como hóspedes dos ninhos e provavelmente se alimentam dos detritos.

Invólucro: são as lamelas de cerume que existem ao redor das células de cria. Servem como isolante térmico. Algumas espécies de abelhas não constroem invólucros, ou possuem apenas algumas poucas lamelas em determinadas épocas do ano.

Mel: é uma substância produzida pelas abelhas e outros insetos sociais a partir do néctar das flores ou de outras secreções açucaradas, que elas coletam e transformam através da evaporação da água e da adição de enzimas. O mel é composto, em sua maior parte (99%) de água e açúcares. O 1% restante é constituído de substâncias presentes em quantidades diminutas, mas que são importantes para a caracterização do mel, tais como enzimas, sais minerais, etc. Os principais açúcares são sacarose, glicose, frutose e maltose.

Mel fermentado: os méis possuem determinada taxa de água no seu conteúdo. Se essa taxa for excessiva, as leveduras contidas nos méis irão se reproduzir e fermentarão o mel provocando reações químicas que resultarão em odor especial. Os méis de Apis não podem conter mais que 20-21% de água, pois correm o risco de fermentar.

Mel medicinal: São méis com propriedades terapêuticas. Poucos trabalhos de pesquisa existem nessa área, mas a medicina popular menciona que os méis possuem as propriedades medicinais das plantas onde eles foram colhidos.

Méis tóxicos: são méis mal manipulados ou com substâncias que acarretam distúrbios neurológicos e intestinais nas pessoas que os ingerem. Parece que méis de determinadas abelhas ou que vivem perto de determinadas plantas possuem a características de serem perigosos.

Meliponíneos: são as abelhas indígenas sem ferrão. São animais sociais vivendo em ninhos com centenas a milhares de indivíduos. Vivem nas zonas tropicais do mundo e estão sendo consideradas com enorme potencial para a polinização das plantas nativas.

Polinização: transporte do grão de pólen de uma antera para o estigma de outra flor. Esse transporte pode ser feito pelo vento, água, ou animais, entre os quais se distingue uma multidão de insetos, principalmente as abelhas.

Potes de alimento: são construções geralmente de formato ovóide ou cilíndrico feitas pelos meliponíneos para armazenar mel e pólen. As Apis armazenam estes alimentos em favos.

Própolis: resina

 

Rainhas virgens: são as rainhas que ainda não foram fecundadas.

Resinas vegetais: secreções viscosas que exudam do caule e de outros órgãos de certas plantas, e que contém substâncias odoríferas, anti-sépticas, etc., as quais cicatrizam rapidamente qualquer ferida em tais órgãos assumindo aspecto vítreo.

Samora ou saburá: é o pólen já modificado ou trabalhado e armazenado pelos meliponíneos em potes de alimento específicos.

Túnel de ingresso: os ninhos das abelhas apresentam uma abertura, que comunica o interior com o exterior do ninho. Na parte interna, em muitas abelhas existe um tubo que pode terminar nos invólucros dos favos de cria como na abelha urucu-boi.

Ventilação dos ninhos: os ninhos de meliponíneos podem conter um batume crivado, ou seja, com pequenos furinhos, que servem para ventilar o seu interior. Nos ninhos aéreos de uma jataí que ocorre no Estado do Acre existe um “respiradouro”, estrutura da parte superior do ninho aéreo e que aumenta ou diminui os seus poros de acordo com a temperatura.

Vôo nupcial: vôo que as abelhas realizam por ocasião do acasalamento

Xarope de água e açúcar: mistura com volume de aproximadamente 50% de cada componente, usado como suplemento alimentar das abelhas.

                                 

                                           - CRIAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS  -

 

 

A criação de abelhas indígenas sem ferrão em cabaças, cortiços e caixas rústicas constitui uma atividade tradicional em quase todas as regiões do Brasil. Essa atividade, conhecida como meliponicultura, foi inicialmente desenvolvida pelos índios, e vem, ao longo dos anos, sendo praticada por pequenos e médios produtores, assim como por produtores de base familiar. Há, pelo menos, cinco razões que justificam o interesse crescente por esse grupo de abelhas:

1.   As abelhas sem ferrão são os principais agentes polinizadores de várias plantas nativas. Preservar essas abelhas contribui, portanto, para conservar os mais diversos tipos de vegetação.

2.   Há muitos agricultores utilizando as abelhas sem ferrão na polinização de culturas agrícolas tais como urucum, chuchu, camu-camu, carambola, coco-da-bahia e manga. Essa prática, amplamente usada com as abelhas do gênero Apis (conhecidas como abelhas africanizadas ou abelhas africanas) e Bombus (as mamangavas, também chamadas de mamangaba, mangangá, mangava, etc.), vem sendo utilizada até mesmo para cultivar morangos dentro de estufas.

3.   O mel produzido pelas abelhas sem ferrão contém os nutrientes básicos necessários à saúde, como açúcares, proteínas, vitaminas e gordura. Esse mel possui, também, uma elevada atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em várias regiões do País.

4.   Além de fonte de alimento e remédio, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão representa, em algumas regiões, uma importante fonte de renda. Na Região Nordeste, onde a meliponicultura é mais praticada, são encontrados produtores (ou meliponicultores) com até 1.500 ninhos de abelhas, e que sobrevivem, basicamente, do comércio do mel. Alguns meliponicultores conseguem coletar de 5 a 8 litros de mel/colônia/ano, o que, segundo os especialistas na área, está muito abaixo do potencial de produção das abelhas sem ferrão. O preço, porém, é compensador. Um litro de mel de abelha sem ferrão é vendido por R$ 40,00 no Nordeste, podendo alcançar até R$ 100,00  na Região Sudeste do País. Como os custos para a criação são baixos, a meliponicultura permite a produção de um alimento barato, com um forte apelo comercial.

5.   São, de um modo geral, abelhas bastante dóceis e de fácil manejo. Por isso, dispensam o uso de roupas e equipamentos de proteção tais como macacão, luvas, máscaras e fumegadores, reduzindo os custos de sua criação e permitindo que essas abelhas sejam mantidas perto de residências e/ou de criações de animais domésticos. Além disso, por não exigir força física e/ou prolongada dedicação ao seu manejo, a criação de abelhas sem ferrão pode ser facilmente executada por jovens e idosos.

Estima-se que, só no Brasil, existam mais de 200 espécies de abelhas sem ferrão. As mais promissoras em termos de produção de mel são as espécies do gênero Melipona, conhecidas popularmente como mandaçaia (nome científico, Melipona quadrifasciata), jandaíra nordestina (Melipona subnitida), uruçu-cinza ou uruçu-cinzenta (Melipona fasciculata), uruçu-amarela (Melipona rufiventris), uruçu-do-nordeste (Melipona scutellaris), entre outras.

Quantas e quais espécies de abelhas sem ferrão são encontradas no Estado do Rio Grande do Norte são ainda dois aspectos que precisam ser melhor investigados.

Em Mossoró, é possível encontrar o mel de uruçu (qual espécie?) sendo vendido a R$ 80,00 litro. Esse comércio, porém, é proveniente de iniciativas isoladas, que precisam ser mais bem aproveitadas, para que a meliponicultura se torne, de fato, uma fonte alternativa de renda aos moradores da região. Nesse sentido, o primeiro passo a ser tomado é a formação de um meliponário (local em que são criadas as abelhas sem ferrão), no qual as abelhas são mantidas em caixas de madeiras conhecidas como caixas racionais devida autorização do Ibama, os ninhos de abelhas sem ferrão são retirados do seu ambiente natural somente para formar o plantel inicial. Uma vez formado esse plantel, várias técnicas podem ser utilizadas para a multiplicação dos ninhos, reduzindo, dessa forma, a necessidade de retirada das abelhas de seu local de origem. A espécie de abelha a ser criada deve ser selecionada de acordo com a sua região de ocorrência. ). A meliponicultura é, portanto, uma atividade de baixo impacto ambiental, que produz um alimento de elevado nível nutricional, e de retorno financeiro garantido. Se bem planejada, a criação de abelhas sem ferrão em caixas racionais pode enquadrar-se, perfeitamente, nas atuais diretrizes que norteiam o desenvolvimento do nordeste: promover o uso racional dos recursos da floresta, equilibrando interesses ambientais, com interesses sociais de melhoria de qualidade de vida das populações que residem na região.

 

                                                                 ABELHAS SOCIAIS EM COLÔNIAS ORGANIZADAS

   Entre as abelhas sociais brasileiras, as pertencentes à subfamília Meliponinae, chamadas popularmente de abelhas indígenas sem ferrão, são as mais conhecidas. Existem mais de 200 espécies diferentes, algumas das quais freqüentemente criadas para a produção de mel. 
        Os ninhos dessas abelhas são encontrados, de acordo com a espécie, em locais bastante diversos, havendo aquelas que constroem ninhos subterrâneos, dentro de cavidades preexistentes, formigueiros abandonados, entre raízes de árvores etc, como a guira ou mulatinha-do-chão (Schwarziana quadripunctata) ou a mombuca (Geotrigona mombuca) ou, ainda, a  mandaçaia-do-chão (Melipona quinquefasciata). Outras constroem ninhos aéreos, presos a galhos ou paredes como a arapuá (Trigona spinipes) ou a sanharão (Trigona truculenta). A maioria das espécies, entretanto, constrói seus ninhos dentro de cavidades existentes nos troncos ou galhos das árvores como a jataí (Tetragonisca angustula), a mandaçaia (Melipona quadrifasciata), a manduri (Melipona marginata), a mandaguari (Scaptotrigona postica), a timirim (Scaptotrigona xanthotricha) e muitas outras espécies. Muitas dessas espécies, que utilizam cavidades em madeira, são muitas vezes encontradas em cavidades existentes em muros e paredes de alvenaria, como acontece comumente com a jataí, a iraí (Nannotrigona testaceicornis) e a mirim (Plebeia droryana). 
         Algumas espécies fazem ninhos ainda dentro de cupinzeiros como acontece com a cupira (Partamona sp.) ou com Scaura latitarsis, e outras constroem dentro de formigueiros ativos. 
        O interessado em abelhas indígenas precisa atentar para o fato de que muitas vezes o nome popular varia de uma região para outra, de tal forma que muitas vezes uma única espécie recebe, em regiões diversas, denominações diferentes e, muitas vezes, o mesmo pode ser usado para designar várias espécies de abelhas. 
        Como as abelhas são polinizadoras de plantas, cultivadas ou não, é importante que se atente para o fato de que, mais importante que o mel produzido por elas, é a polinização que promovem e que permite a produção de sementes por diversas plantas, muitas das quais extremamente úteis para o homem. Sem esse auxílio, muitas espécies de plantas deixam de produzir frutos e sementes, podendo inclusive serem extintas. 
        Dada a grande importância das abelhas indígenas é preciso que se preservem estas espécies, pois, muitas delas estão sendo dizimadas, seja pelo desmatamento e queimadas, seja pelo uso indiscriminado de agrotóxicos. 
        Como muitas dessas espécies produzem mel saboroso e muito procurado, os próprios meleiros, que retiram o mel destruindo a colméia, contribuem para a extinção dessas abelhas em algumas regiões. 
        A criação dessas abelhas e a sua exploração racional podem contribuir para a preservação das espécies e dar ao meliponicultor oportunidade de obter mel. Esta atividade vem sendo desenvolvida há bastante tempo em diversas regiões do país, especialmente no Norte e Nordeste, havendo meliponicultores que possuem grande número de colméias de uma única espécie, como é o caso da tiúba (Melipona compressipes) no Maranhão ou a jandaíra (Melipona subnitida) no Ceará e Rio Grande do Norte. Existem, ainda, muitos meliponicultores que criam abelhas indígenas como passatempo, explorando o mel apenas esporadicamente. 
        Colônias de abelhas indígenas podem ser obtidas pela atração de enxames, pela divisão de colônias já estabelecidas e pela captura de colônias existentes na natureza. 

ninho e potes de pólen em caixa racional.


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Meliponicultura

Meliponicultura

24.03.2010 08:26
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Cera

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                    HISTÓRIA   Inicialmente Wilhelm Michler em 1768 propos a Sociedade de Apicultura Alemã que a cera era produzida pelos anéis do corpo, porém foi contestado por Reamur, que afirmava que...

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Mel

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PÓLEN DAS ABELHAS - PURO E DESIDRATADO     O pólen das abelhas, nada mais é do que a semente masculina da flor, que foi colhida pelas abelhas e a elas adicionadas alguns elementos especiais. A abelha coleta o pólen e mistura a ele seu próprio enzima digestivo.   O pólen das abelhas...

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CRIAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS

 

A criação racional das abelhas da tribo meliponini e da tribo trigonini é denominada de meliponicultura. Conhecidas popularmente como abelhas sem ferrão ou abelhas nativas ou indígenas, essas abelhas possuem ferrão atrofiado, não conseguindo utilizá-lo como forma de defesa. Algumas espécies são pouco agressivas, adaptam-se bem a colméias racionais e ao manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Além do mel, essas abelhas podem fornecer, para exploração comercial, pólen, cerume, geoprópolis e os próprios enxames. Outras formas de exploração são: educação ambiental, turismo ecológico e paisagismo.

 

A polinização é outro produto importante fornecido pelos meliponideos. Uma vez que não possuem o ferrão, as abelhas nativas podem ser usadas com segurança na polinização de espécies vegetais cultivadas no ambiente fechado da casa de vegetação. Além disso, algumas culturas, como o pimentão, necessitam que, durante a coleta de alimento, a abelha exerça movimentos vibratórios em cima da flor para liberação do pólen. Esse comportamento vibratório é típico de algumas espécies de abelhas nativas, mas não é observado na abelha africanizada (Apis mellifera), que não consegue ser um agente polinizador eficiente dessas culturas.

 

 

No Brasil são conhecidas mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam grande heterogeneidade na cor, tamanho, forma, hábitos de nidificação e população dos ninhos. Algumas se adaptam ao manejo, outras não. Embora vantajosa, a criação racional dessas abelhas é dificultada pela escassez de informações biológicas e zootécnicas, pois muitas sequer foram identificadas ao nível de espécie.

 

Devido a essa diversidade, é fundamental realizar pesquisas sobre comportamento e reprodução específicas para cada espécie; adaptar técnicas de manejo e equipamentos; analisar e caracterizar os produtos fornecidos e estudar formas de conservação do mel que, por conter mais umidade do que o mel de Apis mellifera, pode fermentar com mais facilidade. A alta cotação do preço do mel das abelhas nativas no mercado, que em média varia de R$ 15,00 a 50,00 cada litro, aliada ao baixo investimento inicial e a facilidade em manter essas abelhas próximo das residências, tem estimulado novos criadores a iniciarem nessa atividade.

 

Entretanto, muitos produtores em busca de enxames para povoarem os meliponários, acabam atuando como verdadeiros predadores, derrubando árvores para retirada das colônias, que, muitas vezes, acabam morrendo devido a falta de cuidado durante o translado e ao manejo inadequado.

 

 

Outra causa da morte das colônias é a criação de espécies não adaptadas à sua região natural. É relativamente comum que produtores iniciantes ou experientes das regiões Sul e Sudeste do Brasil queiram criar abelhas nativas adaptadas às regiões Norte e Nordeste, e vice-versa. A falta de adaptação dessas abelhas às condições ambientais da região em que são colocadas acabam por matar as colônias, podendo contribuir para a extinção das mesmas.

 

A quantidade de colônias nos meliponários também é um fator crucial para preservação das espécies. Várias pesquisas indicam que, quando a espécie criada não ocorre naturalmente na região do meliponário, são necessários pelo menos 40 colônias para garantir uma quantidade de alelos sexuais e evitar que os acasalamentos consangüíneos provoquem a morte das mesmas em 15 gerações. Embora somente três espécies de abelhas estejam na lista de animais em risco de extinção do Ibama (Exomalopsis (Phanomalopsis) atlantica; Melipona capixaba e Xylocopa (Diaxylocopa) truxali), e dessas somente a Melipona capixaba é social, sabe-se que nas reservas florestais a quantidade de ninhos de abelhas sem ferrão vem se reduzindo ano a ano.

 

A extinção dessas espécies causará um problema ecológico de enormes proporções, uma vez que as mesmas são responsáveis, dependendo do bioma, pela polinização de 80 a 90% das plantas nativas no Brasil. Assim, o desaparecimento das abelhas causaria a extinção de boa parte da flora brasileira e de toda a fauna que dependa dessas espécies vegetais para alimentação ou nidificação. Conscientes do problema, o governo brasileiro, por meio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou no Diário Oficial da União em 17 de agosto de 2004 a RESOLUÇÃO Nº 346 DE 06 DE JULHO DE 2004, que disciplina a utilização de abelhas silvestres nativas, bem como a implementação do meliponário.

 

Contudo, sabe-se que somente a criação de uma legislação normativa não é suficiente para preservação de espécies da fauna e flora nativa. É necessário, também, um programa informativo visando a capacitação e sensibilização para que os produtores não só sejam conscientizados, mas também sejam capazes de mobilizar e informar aos seus vizinhos sobre o problema. Resta, assim, fazer um apelo não só aos governos nos níveis federais, estaduais e municipais, mas também à sociedade como um todo para que se comece a divulgar os problemas acarretados pela retirada indiscriminada dessas abelhas da mata. A criação dos meliponídeos deve ser realizada com responsabilidade para evitar a extinção das abelhas e, a médio e longo prazo, a extinção da flora e fauna que dependem direta ou indiretamente desse importante agente polinizador.