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Nome Científico:Mourella caerulea

Nome popular : BIEIRA 

Distribuição geográfica

Esta espécie apresenta distribuição meridional no Brasil, ocorrendo apenas nos três estados sulinos. No Paraná foi registrada em Guarapuava no ano de 1990. Aparentemente, no Estado, a espécie está restrita aos Campos Naturais. 

Ecologia

Esta espécie social é a única abelha sem ferrão de coloração metálica conhecida. As operárias têm entre 4,75 e 5,75 mm de comprimento. Esta abelha constrói ninhos subterrâneos a uma profundidade que pode variar de 45 a 80 cm; nesses ninhos a câmara central pode ter cerca de 15 cm de altura com um diâmetro de aproximadamente 25 cm.

Dados Adicionais

A crescente demanda pela produção de grãos e ocupação dos campos pela mecanização das lavouras leva a crescente perda destes ninhos, bem como o uso indiscriminado de inseticidas, estes fatores são as principais ameaças destas abelhas no sul do Brasil.

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Nome Cientifico:Melipona bicolor

 

Nome popular:Guaraipo, pé de pau, gurupu

 

     As guaraipos são encontradas nos estados Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A guaraipo da região sul é a  Melipona bicolor  ou  guaraipo negra  e estão incluídas na lista de espécies ameaçadas .

A melipona bicolor bicolor ou guaraipo marrom é encontrada em regiões mais quentes. Esta espécie apresenta a poliginia, isto é,  mais de uma rainha no mesmo ninho.

Espécie muito rústica, mas com o fator feromonal em destaque, necessita de lugares sombreados e alimentação em igual proporção de água e açúcar, desta forma ao desidratarem o xarope são beneficiadas com a umidade interna.Na serra do RS nidificam tanto próximo ao chão quanto em alturas maiores, em proporção similar.Esta espécie enxameia naturalmente em agosto na região sul (informação pessoal de Selvio de Macedo, Carvalho Cambará RS).

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Nome Cientifico: Nanotrigona testaceicornis

Nome Popular: Iraí

 

A Irai ocorre na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro Rio Grande do Sul (noroeste) e São Paulo.

As abelha Iraís são muito mansas, constroem um canal de ingresso que pode ser longo ou curto dependendo da incidência de claridade quanto mais claro menor e vice – versa. O mesmo é fechado à noite. Nidificam em árvores, muros. Os favos podem ser tanto helicoidais como sobrepostos apresentam célula real, sua população é em torno de 3.000 indivíduos.

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Nome Cientifico: Trigona spinipes

Nome Popular: Irapuá

 

Esta espécie é encontrada na Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Polinizadora das bananeiras, citrus, algumas espécies de maracujás, podem no entanto desenvolver nos citrus o câncro cítrico, pois retiram partes da planta para construção do seu ninho,  também molestam caules de manga rosa, assim como, corta botões de roseiras.

Invadem colméias fracas de meliponíneos e apis meliffera.

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Nome Cientifico: Tetragonisca angustula

Nome Popular: Jataí, jati, angelinhas, yatei

 

 A jataí ocorre nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A entrada do ninho é um tubo feito em cêra e própolis e apresenta pequenos furos. Os favos de cria podem ser horizontais ou helicoidais e ocorrem células reais e câmaras de aprisionamento de rainhas virgens. Apresenta invólucro ao redor dos favos, não são abelhas agressivas, porém em colméias muito populosas podem até beliscar, apresentam aproximadamente 5.000 mil indivíduos. É considerada uma abelha urbana, nidificando nos mais inusitados locais, possui um dos méis mais apreciados e é uma abelha de fácil manejo pela sua rusticidade.

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Nome Cientifico: Melipona compressipes manaoensis

Nome Popular: Jupará

 

A jupará têm em média, 800 abelhas  por colméia. É uma abelha muito higiênica, mantém a colméia sempre limpa. Sua entrada é protegida sempre por 3 abelhas.

Ela é maior que a apis mellifera, apesar de possuir ferrão atrofiado pode machucar pela força mandibular.

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Nome Cientifico: Lestrimellita limão

Nome Popular: Abelha limão

 

São abelhas sociais que saqueiam colônias de  outras espécies  Não visitam flores. A entrada característica do ninho são várias protuberâncias de cerume, seu mel, que é produto de saque de outras colméias, não deve ser consumido.

No ambiente natural funcionam como controladoras de populações mantendo ,assim, o equilíbrio.

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Nome Cientifico: Melipona quadrifasciata

Nome popular: mandaçaia

 

A Mandaçaia tem sua presença ao longo da costa atlântica, desde o Norte até o Sul do Brasil, sendo que a subespécie quadrifasciata ocupa as regiões de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e a subspécie anthidioides habita as regiões ao Norte, sendo que no Estado de São Paulo podemos encontrar as duas subspécies.A colméia tem aproximadamente 400 a 500 indivíduos. É uma abelha de fácil manejo, não apresentam célula real. A entrada típica num centro de raias convergentes de barro. Produzem em media 1 kg de mel, podendo chegar a 2 kg em regiões de grandes floradas. Abelha dócil, porém enxames fortes podem até beliscar.

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Nome Cientifico: Melipona marginata

Nome Popular: Taipeira, manduri, gurupu do miúdo

 

Abelhas sociais, cuja agressividade é muito alta, os ninhos são encontrados em ocos de árvores. A entrada do ninho localiza-se no centro de estrias convergentes de barro. Passa apenas uma abelha por vez, sua população é em torno de 350 indivíduos. Os favos de cria podem ser helicoidais ou horizontais; não ocorrem células reais. É considerada a menor das meliponas. Subespécie obscurior está sensível a extinção.

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Nome Cientifico: Schwarziana quadripunctata

Nome Popular: Mel do chão

 

Esta espécie pode ser encontrada na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Nidificam em formigueiros abandonados, precisam de uma melhor termoregulação, caixas confeccionadas deve prever uma isolação térmica maior e um contato com a terra, os enxames criados isolados da terra sobrevivem em torno de 1 ano, produz um mel de excelente qualidade.

O Sr Pedro Martini de Campo Bom (RS) cria esta espécie a vários anos com sucesso, atribui-se parte deste a ligação com a terra através de um cano de pvc acoplado ao fundo da caixa e preenchido com terra, por onde as abelhas passam e notoriamente fazem uso deste espaço.

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Nome Cientifico: Plebeia Remota

Nome Popular: mirim (Mosquito)

 

As plebéias são o maior grupo de abelhas sociais, entre elas estão a plebeia saiqui, plebeia remota, plebeia droryana, plebeia witmanni, plebeia nigriceps, plebeia emerina. São polinizadores de diversas culturas, algumas como a nigriceps que pode ser comparada ao tamanho de uma drosophila e pode polinizar flores muito pequenas.

Uma característica interessante é a hibernação destas abelhas que cessam praticamente todas as atividades no inverno sulino e não apresentam nenhuma célula de cria neste período

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Nome Cientifico: Frisomellita varia

Nome Popular: Moça branca

 

Abelhas agressivas, que depositam própolis sobre a pessoa que as importuna. Suas colméias racionais são cobertas com própolis pelas próprias abelhas. A entrada do ninho é pequena, não saliente e permite que apenas uma abelha passe por vez. A cria é produzida em células que encostam levemente umas nas outras ou são ligadas por um cabo pequeno de cerume, formando grupos parecidos com cachos. Há células reais,  formadas a partir de células comuns, na ausência da rainha (Faustino et al., 2002). Os potes de pólen são cilíndricos ou cônicos, com cerca de 3 cm de altura e os potes de mel são ovóides, com cerca de 1,5 cm de altura (Nogueira-Neto, 1970). As colônias podem ser médias ou grandes (Nogueira-Neto, 1970). Nestas abelhas as operárias nunca desenvolvem ovários.

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Nome Cientifico: Trigona pallens

Nome Popular: Olho de vidro

 

Espécie pouco estudada, conhecida como olho de vidro, irapuá amarela

É comumente encontrada em Macapá ,Santana,  Belém, Tocantins e Maranhão.

Nidificam tanto entre as raízes como em ocos de árvores e não são agressivas.

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Nome Cientifico: Melipona subnitida

Nome Popular: Jandaíra

 

A jandaíra (Melipona subnitida Ducke) é um meliponíneo típico do sertão. Essa abelha é muito dócil, despertando o interesse por todos os meliponicultores , nidificam ocos,muros,arvores,escombros,etc...O seu mel é apreciado pelas populações nativas. Entretanto, uma abelha muito social e a literatura sobre a biologia dessa abelha é reduzida. O trabalho pioneiro é o do Monsenhor Huberto Bruening, publicado em 1990, no livro "A Abelha Jandaíra" (coleção Mossoroense, série C, vol. DLVII).

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Nome Cientifico: Melipona scutellaris

Nome Popular: Uruçu nordestina

 

A maior produtora de mel das abelhas silvestres tem um nome scutellaris,  produz aproximadamente 8 litros de mel na sua região de ocorrência. Abelha de fácil manejo, pode chegar a 3.000 indíviduos. Apesar de não ter ferrão pode machucar pela força mandibular.


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84 9928 6212


Meliponicultura

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24.03.2010 08:26
  Criação de Abelhas   Você pode conseguir as abelhas para iniciar sua criação de três diferentes maneiras; comprando colônias de meliponicultores comerciais, capturando colméias em estado natural ou atraindo famílias em enxameação para caixas - armadilhas ou caixas -...

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Cera

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                    HISTÓRIA   Inicialmente Wilhelm Michler em 1768 propos a Sociedade de Apicultura Alemã que a cera era produzida pelos anéis do corpo, porém foi contestado por Reamur, que afirmava que...

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  Mel colhido em colméias de Abelhas Nativas Sem Ferrão, artesanal, orgânico, Puro e com responsabilidade socialista e ambientalista, produzidoPropriamente dito no Nordeste do Brasil,mais precisamente na cidade de Assu e totalmente desconhecido no mercado internacional. Seu...

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PÓLEN DAS ABELHAS - PURO E DESIDRATADO     O pólen das abelhas, nada mais é do que a semente masculina da flor, que foi colhida pelas abelhas e a elas adicionadas alguns elementos especiais. A abelha coleta o pólen e mistura a ele seu próprio enzima digestivo.   O pólen das abelhas...

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CRIAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS

 

A criação racional das abelhas da tribo meliponini e da tribo trigonini é denominada de meliponicultura. Conhecidas popularmente como abelhas sem ferrão ou abelhas nativas ou indígenas, essas abelhas possuem ferrão atrofiado, não conseguindo utilizá-lo como forma de defesa. Algumas espécies são pouco agressivas, adaptam-se bem a colméias racionais e ao manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Além do mel, essas abelhas podem fornecer, para exploração comercial, pólen, cerume, geoprópolis e os próprios enxames. Outras formas de exploração são: educação ambiental, turismo ecológico e paisagismo.

 

A polinização é outro produto importante fornecido pelos meliponideos. Uma vez que não possuem o ferrão, as abelhas nativas podem ser usadas com segurança na polinização de espécies vegetais cultivadas no ambiente fechado da casa de vegetação. Além disso, algumas culturas, como o pimentão, necessitam que, durante a coleta de alimento, a abelha exerça movimentos vibratórios em cima da flor para liberação do pólen. Esse comportamento vibratório é típico de algumas espécies de abelhas nativas, mas não é observado na abelha africanizada (Apis mellifera), que não consegue ser um agente polinizador eficiente dessas culturas.

 

 

No Brasil são conhecidas mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam grande heterogeneidade na cor, tamanho, forma, hábitos de nidificação e população dos ninhos. Algumas se adaptam ao manejo, outras não. Embora vantajosa, a criação racional dessas abelhas é dificultada pela escassez de informações biológicas e zootécnicas, pois muitas sequer foram identificadas ao nível de espécie.

 

Devido a essa diversidade, é fundamental realizar pesquisas sobre comportamento e reprodução específicas para cada espécie; adaptar técnicas de manejo e equipamentos; analisar e caracterizar os produtos fornecidos e estudar formas de conservação do mel que, por conter mais umidade do que o mel de Apis mellifera, pode fermentar com mais facilidade. A alta cotação do preço do mel das abelhas nativas no mercado, que em média varia de R$ 15,00 a 50,00 cada litro, aliada ao baixo investimento inicial e a facilidade em manter essas abelhas próximo das residências, tem estimulado novos criadores a iniciarem nessa atividade.

 

Entretanto, muitos produtores em busca de enxames para povoarem os meliponários, acabam atuando como verdadeiros predadores, derrubando árvores para retirada das colônias, que, muitas vezes, acabam morrendo devido a falta de cuidado durante o translado e ao manejo inadequado.

 

 

Outra causa da morte das colônias é a criação de espécies não adaptadas à sua região natural. É relativamente comum que produtores iniciantes ou experientes das regiões Sul e Sudeste do Brasil queiram criar abelhas nativas adaptadas às regiões Norte e Nordeste, e vice-versa. A falta de adaptação dessas abelhas às condições ambientais da região em que são colocadas acabam por matar as colônias, podendo contribuir para a extinção das mesmas.

 

A quantidade de colônias nos meliponários também é um fator crucial para preservação das espécies. Várias pesquisas indicam que, quando a espécie criada não ocorre naturalmente na região do meliponário, são necessários pelo menos 40 colônias para garantir uma quantidade de alelos sexuais e evitar que os acasalamentos consangüíneos provoquem a morte das mesmas em 15 gerações. Embora somente três espécies de abelhas estejam na lista de animais em risco de extinção do Ibama (Exomalopsis (Phanomalopsis) atlantica; Melipona capixaba e Xylocopa (Diaxylocopa) truxali), e dessas somente a Melipona capixaba é social, sabe-se que nas reservas florestais a quantidade de ninhos de abelhas sem ferrão vem se reduzindo ano a ano.

 

A extinção dessas espécies causará um problema ecológico de enormes proporções, uma vez que as mesmas são responsáveis, dependendo do bioma, pela polinização de 80 a 90% das plantas nativas no Brasil. Assim, o desaparecimento das abelhas causaria a extinção de boa parte da flora brasileira e de toda a fauna que dependa dessas espécies vegetais para alimentação ou nidificação. Conscientes do problema, o governo brasileiro, por meio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou no Diário Oficial da União em 17 de agosto de 2004 a RESOLUÇÃO Nº 346 DE 06 DE JULHO DE 2004, que disciplina a utilização de abelhas silvestres nativas, bem como a implementação do meliponário.

 

Contudo, sabe-se que somente a criação de uma legislação normativa não é suficiente para preservação de espécies da fauna e flora nativa. É necessário, também, um programa informativo visando a capacitação e sensibilização para que os produtores não só sejam conscientizados, mas também sejam capazes de mobilizar e informar aos seus vizinhos sobre o problema. Resta, assim, fazer um apelo não só aos governos nos níveis federais, estaduais e municipais, mas também à sociedade como um todo para que se comece a divulgar os problemas acarretados pela retirada indiscriminada dessas abelhas da mata. A criação dos meliponídeos deve ser realizada com responsabilidade para evitar a extinção das abelhas e, a médio e longo prazo, a extinção da flora e fauna que dependem direta ou indiretamente desse importante agente polinizador.